domingo, 23 de dezembro de 2012

O famoso "Dar um tempo"

"dar um tempo”
Teoricamente, trata-se de um acordo verbal que coloca um namoro em banho-maria.
No cérebro feminino traduz como “fechado para balanço”. Ou seja, hora de congelar o tempo e repensar os desejos e medos de cada um — e como eles se encaixam nos anseios e temores do parceiro.
Já na cabeça masculina, quase sempre, a leitura será… “passe livre”! Penso que, quando um cara sugere o fim do primeiro tempo, ele não está pensando apenas em descer para o vestiário, ouvir as orientações do treinador e voltar para mais 45 minutos. O romance pode até ter uma segunda chance requentada depois. Mas a ideia é visitar uma realidade paralela na qual ele é solteiro e dar uma analisada no ambiente atual. O sujeito que pede um tempo já desistiu do relacionamento. Só lhe faltam culhões para admitir isso. Ele idealiza a vida que tinha antes de se amarrar com uma garota ou inveja a rotina dos solteiros que conhece. Ao mesmo tempo, tem medo de tomar a decisão errada. Então, parte antes para um test-drive. Se não se sentir confortável caindo na noite mais uma vez, retorna mansinho.
O cenário pode ser invertido, claro, pois tem mulher que pensa como homem e vice-versa. Mas a tendência é um dos dois se machucar. Propor um tempo no relacionamento representa falsas esperanças para as mulheres e covardia para os homens. Se as coisas não vão bem, você enfrenta, conversa e arruma. Ou termina de vez. Porque buracos em uma relação não serão preenchidos sozinhos, de forma milagrosa, só por terem fugido da responsabilidade por uns dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário